terça-feira, 2 de novembro de 2010

Por que as Djanes são tão descriminadas?




Hoje batendo papo com uma djane pelo twitter senti q ela estava na defensiva.Tinha convidado a mesma para um futuro evento de djs em SP e gostaria q ela participasse. Como era um novo contato expliquei a ela que não era uma cantada e sim papo de colega de profissão. Com ela mais a vontade a conversa fluiu legal. Percebi que ela por ser uma pessoa bela e DJ sofre muito com a descriminação.
Muita gente olha as Djanes e veem outra coisa...simbolos sexuais?  Hummm...Talvez.
Patty me contou que recebe telefonemas propondo eventos, que para qualquer dj seria muito interessante. Mas o detalhe foi a pergunta do contratante: -Vc faz o Pole Dance? (dança que as Go-go dancers fazem em seus shows).


 Será que se você tiver um visual e for dj você tem q mostrar seus dotes para conseguir o GIG? Fala sério!
Em outras partes do mundo isso seria assédio sexual pois no release da Patty está bem especificado que ela é DJ e não dançarina ou Go-Go!
Infelizmente algumas chamadas "Djanes" saem por ai mostrando seus "dotes" para conseguir um cachê maior ou mais gigs. E isso faz q alguns BABACAS pensem q toda djane faz o mesmo.

Conheço muitas garotas talentosas que desbancam qualquer dj homem por ai.
É realmente um absurdo q isso aconteça em pleno século XXI!

Tenho certeza que a nossa DJ Patty vai continuar a mostrar a todos seu talento atraz dos pratos e alcançar seu devido espaço no meio.
Patty faz eventos particulares e pode ser contratada atravez da Katia Produções e eventos.



 Mas a historia não começou a pouco tempo.
Sandra Gal, uma das minhas djanes preferidas foi uma das mais sofridas discotecarias q conheci. Ela passou por poucas e boas. De abusos de donos de casas noturna, clientes bebados a cantada de colega de profissão. Ate agredida no local de trabalho ela foi!
 Sandra sempre defendeu seus direitos e se transformou na pioneira na regularização da profissão de dj. Sim,uma mulher foi o pai da regularização!
Em 1983, Sandra fundou a primeira associação de DJs da America do Sul! E encabeçou uma luta de 27 anos.
Essa pequena mulher conseguiu aos poucos unir os melhores djs do pais e realizar feitos incriveis.
Apesar de ser descriminada por donos de boate e ate por colegas de profissão Sandra tornou se conhecida a nivel nacional com destaque. Escritora lançou 2 livros sobre a noite carioca e as "Damas da Noite".
Hoje, Sandra Gal é presidente da Discoterj e uma das djane mais respeitadas do Brasil.

Mesmo assim muitas mulheres usam a profissão como trampolim para outras atividades. Não posso dizer se essas que tocam em "topless", são sem talento. Mas o fato de usarem esse subterfúgio faz que um mito de que toda dj mulher faz o mesmo.
E como homem é um bicho bobo que é atraido por um belo corpo, promoters inescrupulosos usam isso para encher as casas noturnas de babões...tirando a oportunidade de djs e djanes que realmente tocam.
Outras boas djanes que conheço tambem reclamam dos assedio e da descriminação, eu conheço duas que merecem destaque especial, Nina Horpaczky e Fran Bellasia ambas de São Paulo. E digo que ambas são Djanes da maior categoria.
Então para fazer sucesso basta fazer o que todo DJ faz; colocar o povo pra dançar,suar e sair da pista com um sorriso no rosto! Ladies vcs são um colírio para a profissão. Belas rosas a serem cuidadas com carinho!
Vocês 4 aqui citadas são um exemplo a ser seguida por qualquer djane principiante. Seriedade e amor a profissão!

4 comentários:

  1. Vixi... acho que esse post vai incendiar...kkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. Existe uma diferença, sutil diferença dentre competência e querer aparecer.
    Agradeço a lembrança de meu querido amigo Boca Salles, não obstante deixando de lado certas divergências de pensamento, e quisera eu realmente ser a Dj que vocês dizem que sou, afinal tenho ainda muito a aprender.
    Obrigada pelo carinho.

    DJ Nina Horpaczky

    ResponderExcluir
  3. Algumas Djanes também forçam a barra na quesito postura,tenho comentado muito isso com a Dj Nina que quanto mais "pelada" melhor e isso se tornou uma apelação por parte de algumas djs .
    Entre uma Dj talentosa e competente e uma que toca de sainha é claro que o contratante fará a opção pela de "sainha", se ela toca ou faz virada perfeita não inteessa!!!

    ResponderExcluir
  4. Adorei o texto,vc abordou um tema interessante e intrigante.
    Concordo que existe realmente esse preconceito e concordo também que algumas djanes acabam topando tudo ou quase tudo para cosneguirem seu espaço ao 'céu'.
    Mas,olhando pelo positivo,sejamos otimistas.Há alguns atrás mulheres foram queimadas lutando por melhores condições de trabalho,e atualmente varias mulheres tem assumido o poder,inclusive no nosso pais(Dilma é a prova disso),então,tenho certeza que esse quadro das djanes tb irá mudar!
    Beijos
    Parabéns!

    ResponderExcluir