terça-feira, 26 de março de 2013

OTÁRIOS

Bem amigos,vamos ser sinceros ser pacifico é uma coisa, ser desleixado com o próprio patrimônio é outra.
O DJ é uma figura extremamente individual esse quando amadurece e toma confiança que suas habilidades são dominantes se acha um Deus! É um Deus...tá forte pra vcs? Pois é. Mas as realidades são essas, o egocentrismo e o egoismo insano do dj se achar onipotente ao ponto de ficar cego aos problemas q afinge o que ocorre em torno dele. A coisa é bem assim; Estou em todos os lines,tenho programa na radio, sou locutor, apareço na TV,sou requisitado para fazer aparições e a grana tá rolando, dane-se o resto. Se tá bom pra que reclamar!!! Se alguém se atreve a escrever algo ou abrir a boca,PQP cai de pau em cima! Pq falar dos promoters,dos donos de boate ou dos produtores de evento??? NÃOOOOOOOO... vai mexer com o meu bolso? E assim o dj se tornou uma figura isolada naquele canto escuro que saia para brilhar como uma estrela e imediatamente se escondia para não gastar o brilho.
E quando as coisas começaram a pesar qual foi a saída dos DJs? Poxa tá difícil para entrar nos lines,nas boates, vou arrumar um esquema de fazer grana fácil...VOU DAR AULA DE DJ! Já q não posso ganhar pra tocar,vou ser professor de DJing...Pô legal pensaria qualquer um certo? Bem isso se fosse realmente ensinar. Mas vc sabe qual é o curso que mais vende? É o tal "curso Básico" o que é isso? Vou pegar um aluno dar uma apostila a ele e mostrar como os equipamentos funcionam. Quando ele pegar o funcionamento, eu ensino ele a marcar a musica e contar as batidas...ai é só soltar...MOLINHO!!!! Eletrônica tudo nos 128 BPM...nem no pitch vai mexer... e em 20hs dou um diploma!!! R$2000,00 no bolso EASYYYYYYYyyyyyyyyyyyy!!! E esse ai não vai ser competição pq nem musica ele conhece,kkkk...Afinal não estou aqui pra criar dj!!!(frase real de um dono de um dos maiores e mais famosos cursos de dj em SP)
Well...com o passar dos anos um chamado TOP dj professor e chamado para o programa do Gordinho de Domingo. E desafiado a mostrar que qualquer um pode ser dj cria megamixes de ritmos populares (ELE) e coloca o famoso para animar a plateia...pra quem não conhece a EMBUSTADA, OHHHHHHHhhhhhhhhhhhhhh que legalllllllllll!!!! Diria uma figura do YouTube...mas não é! Questionada o figura ainda diz q qualquer um pode fazer isso...pode isso Arnaldo??? Dai todo mundo virou dj,ficando mais difícil pros djs tocarem todo mundo virou professor de DJ! E transformamos a cena em isso q se vê hoje. OTÁRIOS!!!
Deveríamos estar preocupados? Acho q sim. Mas não tem gente q acha q tá tudo muito bom! 
Antes ser dj era algo q desocupado fazia. Com o tempo, muitos mostraram q eramos formadores de opinião e que moldávamos tendencias. Nos tornamos importantes,respeitados parceiro de divulgação da gravadoras,criadores de sucessos,transformadores de musicas,tremendos seres com as mãos MAGICAS!(Magic Hands-Whodini) capazes de criar musicas de efeitos feitos no arranhado do vynil!!! Transformar musica de sons eletrônicos e criar um novo mundo musical...ARTISTAS!! Para q em 2 décadas depois todo mundo se transformasse em tudo isso q descrevi em 20hs...Agora, quem é o OTÁRIO???
Mesmo vendo seu mundo acabar,indo as favas literalmente, o DJ com seu EGO se recusa á um ultimo recurso, a UNIÃO para que se salve a profissão.
Vcs criaram, vocês transformaram no que é hoje. E tem gente que tomou isso de vcs e ainda te transformou em cliente deles! Todo ano festivais de musica eletrônica invadem o pais, grandes nomes agitam o publico e ganham muita grana. Me cite um nacional que ganhe o mesmo que Guetta,Sinclar,Slim,Tiesto,etc...Em quanto dão esmolas a alguns,espaço em flyer de lines de palcos inferiores, quem vem de fora e estrela no seu show. E no mesmo tempo algo q vc ajudou a criar nem te convida mais para palestrar,quanto mais tocar,OTÁRIOS! Pior...ainda te cobram pra tocar,kkkk
Se liga dj, a musica eletrônica foi criada por vc. Vc é o verdadeiro artista,vc é o DONO dessa merda! Vc e a fez no que é. E agora todos faturam,menos o DJ. OTÁRIOS!

sábado, 1 de dezembro de 2012

O que é ser um bom profissional? A luta do DJ.

Amigos, apesar de todo mundo querer ser DJ hoje em dia, o diferencial  para um bom dj é gritante.
Nosso grande desafio hoje não é nem numeral os tais TOP djs já q também se transformou em moda flyer de evento sair com o top dj fulano e siclano...TOP que deveria ser algo diferenciado passou a ser algo comum...
Mais o que é ser um BOM dj profissional ?
Bem colegas é fácil. Ser o bom DJ e ter um equilíbrio harmonioso, saber conduzir sua pista, mante-la não só pela duragem do evento,mais em varias circunstancias.

Alex Hunt,Xampú e Tonny Di Carlo

Acontecerá imprevistos e situações onde o bom dj terá q se adaptar a o momento. Hoje em dia ser um dj especifico de um ritmo o limita a apenas uma situação. E isso vai pesar na pista. Não q o dj especialista deixe de ser bom, mais se o publico exigir uma mudança de ritmo,outro dj terá q assumir.
Então o dj que pode fazer as mudanças de ritmo de forma harmoniosa, mantendo a pista tem uma vantagem considerada.
Um dj de boate tem q considerar vários pontos,ele é o termômetro do evento,ele esquenta e esfria a pista. A maioria das casas noturna ganham com a consumação. Se o dj faz o pessoal suar e cansar a um certo nível eles procuram o bar para reabastecer a energia. E quem ganha? Os garções e a casa. Agitar demais vai faze-lo beber demais e provocar problemas(brigas) que envolve os seguranças. Então o bom profissional doza certo.

Muita gente acha q o mixar é essencial...é importante, mais não essencial. Um bom profissional mesmo não mixando perfeitamente pode conduzir bem uma casa é claro que com boas passagens bem mixadas a pista flui melhor.
Feeling, uma coisa q se adquire com o tempo,com a vivencia do dj com o publico. E o feeling é muito importante ele é que faz a temperatura subir ou descer...enche a pista ou o bar,mantem o publico ate o final consumindo e os faz voltar SEMPRE.
Um bom profissional tem esse pacote de qualidades, além de ser um produtor de qualidade, remixar e criar boas musica,criando tendencias e moldando opiniões. O bom profissional tem a capacidade de manter um casa noturna por ANOS aberta e fazendo dinheiro.
                                            Eu com DJ Gilson Duarte 14 anos de Night & Day
Mais o profissional também e capaz de adaptar-se a situações de eventos PVT em especial casamentos.
O casamento é um evento único, um erro pode acabar com a festa dos noivos provocando algo muito desagradável. A obrigação do DJ é colocar os convidados para dançar e se divertir sempre os agradando musicalmente. Diferentemente a uma situação de boate o publico pode ser especificamente fan de um ritmo e a importância do DJ de ser eclético e conhecer uma vasta variedade musical é essencial.
Saber agradar seu publico os fazendo sair de lá com um sorriso no rosto é a missão.
Hoje em dia é muito fácil se fazer um set eletrônico com uma controladora e Mac e posta-lo na internet,esse sairá perfeito,pois é só selecionar as musicas com o mesmo BPM(pitch no zero) e soltar na sequencia,apertando o sync e tá pronto...show de bola...mais esse set colocaria a galera pra dançar???
Muito dj vai tocar de set pronto em evento...Já presenciei tantos chamados TOPs com o mesmissimo set a exemplo do  Luz...Tocando por semanas com o mesmo set...E o fan q acompanha NOTA.
Então o q acontece hoje em dia e uma desvalorização dos bons procedimentos na profissão. Ficou muito mais conveniente para um promoter fazer uma festa com 6-7 djs semi novatos especializados em diferentes ritmos sendo q eles tocam apenas para aparecer no flyer. Mais grana pro promoter...
Também se torna interessante trazer um artista famoso atacando como dj, fazendo o ingresso subir 100% e a casa ainda enchendo,mesmo q o Famoso toque com um set mixado...nisso 2-3 djs profissionais perdem espaço.
Próprios promoters começam a atacar de dj dispensando em suas festas os profissionais. Esses muitas vezes tocando com set mixados tirados da internet e esses postados por profissionais ou seja tiro no próprio pé.
Imagine vc q posta set na internet de graça perder um evento para um leigo q vai usar seu set...

Amadores e profissionais necessitam de uma conscientização que bom profissional defende a classe.
Que ele ama o q faz e suporta sua família com esse trabalho.
É um absurdo em pelo seculo 21 alguém q investe 15,20 ate 30 mil em equipamentos não poder cobrar o minimo de 10% em um evento!! Isso sendo q vc tem sempre q se atualizar investido em novos equipamentos e novidades.
Agora por que um dj que se esforça investe e se profissionaliza estudando e tendo a experiencia necessária é incapaz de suportar sua família???Porque o próprio dj se auto prejudica cometendo os mesmos erros.
Se vc ama o que faz faça o certo, não pule etapas trabalhe profissionalmente respeitando o colega DJ.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Diferenças entre DJ-Produtores e remixers

A atividade de produtor é mais antiga que a de DJ e assim como na área de DJ, a área de produção também tem suas divisões e pode ser classificada quanto a técnica, gênero / ritmos / estilo musical, equipamentos / ferramentas utilizados, dentre outros. A classificação desta área daria um artigo tão extenso quanto toda esta série "Os DJs", por isso não entraremos em detalhes agora. Quem sabe em outra oportunidade. Voltando ao assunto, um produtor não é obrigado a ser um DJ nem o oposto, ou seja, o DJ ser produtor. São duas atividades musicais muito distintas, completamente diferentes quanto a conhecimento, habilidades, técnicas, conceitos, ferramentas utilizadas, visão e interpretação de público, elementos musicais e da própria música, dentre outras particularidades menos relevantes.

 Comparar o DJ ao produtor seria como comparar um cirurgião com o anestesista, duas atividades importantes, fundamentais no mesmo "cenário", porém completamente distintas. Até alguns anos, produtor era produtor e DJ era DJ. Até que alguns DJs, após anos de experiência atuando na noite, se puseram a aprender também as técnicas de produção e criar remixes básicos, inicialmente usando fita de rolo, mais tarde com mais experiência e a maturidade adquirida, passaram a produzir praticamente músicas do zero, usando várias ferramentas mais práticas e flexíveis. Alguns produtores também se sentiram atraídos e / ou a necessário a se tornarem DJs, para entender melhor o público e / ou facilitar a venda de seus trabalhos, pois, o nome DJ tinha se tornado um produto extremamente comercial. Poucos DJs e poucos produtores podem ser classificados como DJs produtores. 
A fusão do conhecimento, habilidades e das técnicas das duas especialidades de forma adequada se completam, principalmente quando o DJ se dedica, prepara, estuda adequadamente para se tornar um produtor ou vice versa, apesar de muitos não enxergarem, que para um DJ se tornar um produtor ou um produtor se tornar um DJ é necessário um estudo, uma preparação prévia adequada. O processo de preparação / adaptação entre estas especialidades pode ser relativamente simples e rápido, para quem tem maturidade técnica e profissional real, podendo ser até como autodidata, o que normalmente exige mais tempo e pode gerar alguns vícios que retardam o amadurecimento profissional como DJ.
Como vimos, se um excelente produtor quiser, pode tecnicamente se tornar um DJ, dependendo da sua experiência, em pouco tempo, assim como um DJ também pode se tornar um produtor. Mas o fato de ser um excelente produtor ou DJ não significa que será um excelente profissional da outra especialidade, devido a diferenças técnicas significantes entre as duas, que exige algumas habilidades físicas e mentais distintas. Alguns DJs após anos de atuação adquirem conhecimento, habilidade e maturidade musical e se tornam naturalmente produtores, principalmente aqueles que durante suas apresentações, temperam, dão outra roupagem para as músicas, através de performances tradicionais e / ou com a utilização de equipamentos e recursos tecnológicos especiais, adicionando novos elementos e efeitos as músicas, criando assim verdadeiros remixes ao vivo. Porém, infelizmente, nem todos conseguem transferir estas habilidades 100% para o estúdio e produzir com a mesma facilidade que faz ao vivo, normalmente devido a sua natureza, personalidade, habilidades "naturais", dinâmica, paixão e / ou prazer que sente atuando em cada especialidade. O mesmo ocorre com produtores. Alguns sabem, e "tocam", atuam como DJs, porém tecnicamente, pois provavelmente suas maiores habilidades, personalidade e prazeres, estão ligadas a criação de remix e / ou produção novas músicas. Algumas pessoas atuam em uma atividade por prazer e outras por "necessidade" e / ou obrigação. Por vários motivos, muitos forçam a barra, a maioria prematuramente, por achar que é obrigação do DJ ser também produtor ou vice versa. Com isso a grande maioria acaba não tendo bons resultados por não focar, por não se direcionar corretamente.

Apesar de na classificação estarem juntos, existem algumas diferenças entre um remixer e um produtor. Na média, os remixers hoje são basicamente DJs que editam, mudam a estrutura de músicas já existentes, inserindo trechos da mesma, e até de outras, em pontos estratégicos,acrescentam novos elementos e / ou efeitos, criando novas versões/remixes. Já o produtor é mais completo, consegue produzir uma música até do zero. Muitos dos grandes produtores iniciaram-se como remixers. O produtor conhece ou deve conhecer mais a fundo as propriedades, estrutura musical, os elementos sonoros e as ferramentas ligadas à produção do que o necessário para se atuar como DJ. Alguns produtores bons de verdade quando atuam também como DJs, tiram proveito do profundo conhecimento estrutural e sonoro que têm, para melhorar seu desempenho "tocando"/discotecando, assim como o DJ que atua como produtor utiliza seu conhecimento e domínio de público para melhorar e / ou influenciar suas criações / produções. Há profissionais que conseguem atuar de forma extraordinária em ambas as especialidades, como DJ e como produtor, porém, a grande maioria tem mais talento para produzir do que para tocar ou vice versa. Para os que produzem melhor e não tocam tão bem, ser DJ passa a ser apenas sua base e fonte de inspiração para a produção. O melhor caminho para um DJ se tornar um bom produtor e ter chance real de se destacar mais rapidamente é iniciar o aprendizado após pelo menos um ano de atuação como DJ, pois assim aproveitará todo o conhecimento e habilidade mental adquiridos, o que facilitará em muito, compreender as ferramentas(equipamentos e softwares), técnicas, conceitos, os elementos sonoros e a música pelo ângulo / visão dos produtores e com isso tirar o máximo de proveito do curso / treinamento de produção. 
Tecnicamente mais maduro na atividade, após o período de estudos e preparação, criar remix é o melhor caminho, passo inicial e fundamental para ganhar mais conhecimento, habilidade e maturidade suficiente para se tornar um produtor e realmente poder produzir uma música do zero. Não poderia deixar de fazer uma analogia / comparação neste texto entre duas atividades muito similares, que tem como objetivo agradar sentidos: uma o paladar a outra a audição. O produtor e o chef, dois tipos de profissionais de duas artes muito similares. Quando são bons de verdade, um domina a arte de misturar diversas matérias-primas, elementos, componentes com criatividade, habilidade, audácia, bom senso, coerência para criar pratos, sabores para agradar ao paladar de diferentes gostos, e o outro, domina a arte de também misturar matérias-primas, elementos e componentes, porém, sonoros, com a mesma criatividade, habilidade, audácia, bom senso e coerência, para criar músicas que agradem aos ouvidos de seu público. Na realidade ambos criam obras que agradam ao cérebro. Portanto um chef e um produtor bom de verdade trabalham, misturam, combinam e / ou contrastam elementos com inteligência de forma lógica e racional para criar novas experiências gustativas e auditivas. Para ser um bom chef é necessário conhecer e dominar os sabores de muitos elementos comestíveis e suas propriedades e para se tornar um bom produtor é necessário conhecer e dominar elementos sonoros e suas propriedades.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os DJs que fazem a festa-SANDRA GAL

Hoje no "hot seat" trago a DJ Sandra Gal que dispensa comentários. Uma das pioneiras entre as cariocas no comando das carrapetas. Vamos a entrevista:

Sandra, vc começou bem cedo na cena DJ ou melhor naquela época "discotecária". Como foi pra vc ainda uma "teen" num mundo onde só dj homens tinha oportunidades?
Resp- Boca, parabéns,esse seu lance esta perfeito,boa iniciativa,parabéns!
Sim, comecei muito cedo,mais ou menos em 1967, grande época do Twist do Chubby Cheker e o  Rock  do Bill Haley, Elvis Presley, Beatles e outros, mas eram apenas festas em casas e clubes,pra mim foi um  ótimo aprendizado,mas valeu muito, fiquei afiadinha e tirando de letra. Eu só comecei a ter problemas,quando perceberam que ninguém dava festa na minha area, sem deixar o som por minha conta, as festas eram na base de tira um disco e coloca o outro, embora cogita-se que em 62 ou talvez antes já tinham boates que possuiriam 2 toca discos. Quando me recompensavam por ter ficado no som,era sempre com a desculpa de que era pra mim comprar mais discos, e eu adorava! Quando parti em busca da minha oportunidade, não tinha ideia no que eu teria que enfrentar, na verdade lembro que eu agia com muita humildade e se não fosse boa no que eu fazia, certamente não teria as chances e o respeito dos discotecarios da época, alias teve uma boate que eu toquei, que misturado aos clientes, varios DJs, iam para conferir o meu trabalho,eu achava incrível e acabei fazendo amizade com todos.

 Você teve apoio de seus parentes?  
Resp- Imagina!!! Ainda hoje existem pais que discriminam os filhos ja barbados, por serem DJs. Agora procurem pensar nos anos 60, mas eu nem dava confianca para a opiniao dos parentes,eu era uma verdadeira aficcionada pela noite.Quanto mais minha mãe me cobrava sobre o que eu queria ser na vida,mais eu corria atras de festas. Em meados de 71,o caldo entornou de vez,eu adorava ouvir o programa do Big Boy,na Mundial,depois comecaram a rolar os bailes dele com o Ademir Lemos,eu ja estava totalmente aterrizada na zona Sul e me afinizando cada vez mais com as boates,minha vovo era a unica que sabia e me apoiava.
 Como surgiu sua primeira oportunidade profissional?
Resp- Depois das minhas experiências com festas no subúrbio, por ironia,a minha primeira oportunidade profissional surgiu na zona sul,a convite do Fernando,um DJ todo certinho,cheio de regras, eu procurava não desaponta-lo,essa oportunidade foi em uma boate gay. No quinto mês de trabalho fui mandada embora porque uma namorada do DJ Lio, foi me visitar para desabafar pelo termino deles, fiquei com tanta pena por ve-la chorando que cometi a loucura de deixar a cabine de som e buscar uma agua para acalma-la, caracas! Foi eu sair e escutar o som muitissimo mais alto do que eu havia deixado, a maluca aumentou o som a todas, e eu fui mandada embora,com toda razão, mas foi bom! Sai mais cedo e por sorte encontrei um grande ídolo,o Ricardo Lamounier,com a sua belissima Puma conversível,me deu uma carona ate o Alfredão, ficamos falando dos nossos problemas,só que com uma diferença,ele era o ídolo Lamounier,com a vida resolvida e eu era simplesmente a Gal,que acabara de receber o cartão vermelho.Um tempo depois o Fernando foi me procurar,era mais uma proposta pra acompanha-lo em mais uma boate Gay, e se eu no fosse curiosa para conhecer os outros ritmos,tocar em boate gay seria a minha especialidade.

Gal como era ser DJ naquela época, era tão fácil como hoje se tornar um DJ profissional?
Resp- Nunca foi facil, Pra vc ver,naquela época o dj folguista te respeitava e não vinha atras do seu emprego, já hoje se vc der mole...Dificilmente o patrão se arriscava em trocar o profissional que ele tinha na casa, pelo folguista!! E atualmente esta vergonhoso, trabalham por menos,queimam o filme do residente e vai por ai...

Mulher DJ, como era sua relação com seus empregadores já que dj em casa noturna naquela época era quase escravo trabalhando muitas horas em terríveis condições?
Resp- Naquela época a minha relação não era muito boa com os patrões,principalmente porque vi muita coisa podre acontecendo.Era um tal de patrão dando ordens  aos empregados pra  transplantarem Whisk vagabundo de ultima, em garrafas de selo escocês.Não deixei eles no comando não,tanto eh que eu sempre deixei bem claro que da mesma forma que eu não era insubistituivel,eles também não eram os unicos patrões do mundo,cheguei a colocar um deles no Ministério do Trabalho e ganhei a causa.

Quando vc decidiu lutar pelos direitos de todos os djs?
Resp- Alem de eu ter os meus próprios motivos,a gota dagua foi quando meu patrão colocou um laxante na bebida de um DJ.Coitado! o DJ morava a uns cem metros da boate,e a familia do cara,quando viu ele chegar suando e rolando em dor, seguiu para o hospital e os medicos se enganaram e o operaram a apendice.Quando eu disse para o patrão que as coisas iriam mudar porque eu fundaria uma instituição pra defender os DJs,ele me deu um tapao na cara,mas não deixei quieto não. 
 E alguém tomou a frente com vc,deu força e caminhou junto?
Resp- No final dos anos 70 eu ja dava mostras da minha afinidade com informações pertinente ao DJ,eu falava das boas coisas e das situações que afetavam diretamente a  cena, então eu escrevia um boletim informativo,era sem estrutura nenhuma,mas era o começo de uma manifestação.Sempre tive muitos amigos DJs dispostos em colaborar,mas não eram muito de botar a cara pra bater e tanto eh que um dia,eu estava na porta da boate,cheia de jornalzinho(boletim informativo) nas maos para serem distribuidos,com a ajuda de uma garota,foi quando chegaram 2 policiais e perguntaram se eu era a discotecaria Sandra Gal e recebi ordem de prisão.Não botei o galho dentro,quis saber o porque,falei,xinguei, mas mesmo assim,fui pro festival de Canes...
 Nos anos 70,época difícil você foi presa distribuindo um boletim informativo sobre a classe,isso tirou seu animo?
Resp- nessa época,era tolerância Zero com a liberdade de expressão,tempos de ditadura..A minha sorte eh que a garota que me ajudava a distribuir o boletim, era filha de um graduado das forcas armadas, a garota tbm respondeu os canas, e acabou sobrando pra ela,o mais estranho eh que a boate era no posto seis em copa,bem proxima da delegacia e não foram os policiais de la que me prenderam,embora tenham me encarcerado la mesmo na 13º DP.
Os canas eram estranhos,não diziam o motivo da prisão,me tomaram os jornaizinhos e depois de muitas perguntas, falavam que eu seria transferida no quarto dia da prisao. No terceiro dia recebi a visita de uma amiga em companhia de um advogado,e por mais que ele tenha se empenhado nao conseguiu saber o motivo da prisao,os policiais da 13º DP so sabiam dizer que os  policiais que me prenderam pediram pra me manter por la.O fato foi tão sinistro que não houve registro da minha passagem na 13 DP. O próprio advogado me sugeriu não mexer naquilo,ate hoje cogita-se que os limitadores da LIBERDADE DE EXPRESSÃO, possam ter me pegado,mas por sorte a filha do militar,sem querer acabou me ajudando,eram tempos dificieis. Nao desanimei ,fiquei ate mais forte.
 Esse fato também aconteceu com outros DJs?
Resp-Pra começar, nos DJs naquela época eramos um alvo perfeito porque tínhamos muitos amigos intelectuais,artistas,e uns fora da lei,que adoravam ostentar na noite da zona da sul ,então creio que outros tenham passado esse aperto,mas muitos já morreram e infelizmente não tiveram tempo de nos contar as suas historias,mas para o meu caso não ficar isolado,tenho o testemunho do ex DJ Fernando,um cara tranqüilo,muito bem relacionado,mas que também ficou três dias a disposição da policia,sofrendo apenas o interrogatório.
  Prisões comuns eram muitas,principalmente na fase do Dr Padilha,que ficou conhecido em todo o Rio,pela forma que ele agia ao prender e bagunçar qualquer jovem cabeludo ou de calca apertada,aquela época não foi fácil não,era tempo de ditadura.

Sandra, aqui no Rio vc foi a pioneira entre as mulheres,hoje como vc se sente em relação as Djanes que estão por ai despontando?
Resp-Não fui a pioneira,aqui no Rio já haviam umas duas discotecarias,e entre elas,eu fui a que mais se destacou,tipo,ganhei uma oportunidade e segui em frente.
Eu não gosto muito dessa denominação Djanes,mas pra bem da verdade tem muitas mulheres DJs que humilham, tocam muito e tem todo o meu respeito,em especial a minha favorita Dri K e em Sao Paulo a Keh Fernandes.Eu so queria saber quantas se atreveriam passar por todas as universidades do som, como eu passei.Toquei em festas,toquei em boate gay,toquei em boate de lesbicas,toquei em discotecas,toquei em domingueiras para adolescentes, toquei em baile funk,toquei em boates de programa e tambem toquei em boates que as mulheres iam para ver os homens dancarem,so nao toquei em velório rsrs!! 

Vc escreveu um livro "Noites verdes" sobre a vida na noite Carioca, Damas da noite e djs e fale sobre ele.
Resp- O livro era um projeto antigo,uma pena que não foi como eu queria,pois tive que segurar a onda,eu testemunhava a historia,mas não podia revelar o nome do santo. Sobre os DJs falei pouco porque eu não queria queimar o cartucho,já que tenho umas dezenas de paginas que retratam a minha experiência como DJ e muitas situações que passei com alguns dos meus muitos amigos de atividade.O meu livro "Noites Verdes" é muito esclarecedor,nele eu também mencionei que a vida do DJ é como a vida dos atletas e das garotas de programa,é gloriosa,porem breve.
Durante sua carreira vc viu alguma garota de programa sofrer algum tipo de abuso?
Resp-Quem teve a oportunidade de tocar em boates de programa, sabe muito bem que elas sofrem todo o tipo de humilhação,dão um lucro astronômico aos donos de boates,e mesmo assim são tratadas muito mal por eles, o dono adora quando elas induzem o cliente a gastar atraves das bebidas,mas quando elas ficam bebadas e dando alteração,jogam as pobrezinhas na rua.Já vi mulher que trabalhou e bebeu por muitos anos na casa, sendo barrada,sob a alegação de que a mesma já estava velha.Por isso eh que se diz que o unico produto perecivel dessas boates,são as mulheres.

Durante sua carreira vc fundou um jornal sobre djs me conte a respeito dele?
Resp- o Jornal DJs In concert,eu fundei com dois alunos do curso,Mario Mendes e Douglas Futuro  e isso era tudo o que o DJ precisava na época, tinhamos correspondentes em todos os lugares,inclusive em São Paulo,eram os Irmaos Sarmientos,que hoje eh dono da DJ Sound, historia longa.Uma entrevista que gostei de fazer foi com a cantora inglesa Sonia, que veio desfrutar um pouco do sucesso que fazia aqui no Brasil,principalmente com a musica,"You'll never stop lovin you". Ate lembro quando perguntei a Sonia o que ela achava de os DJs aqui no Brasil conseguirem remix de dos seus sucessos antes da gravadora. Claro que fiz a pergunta e ao mesmo tempo mostrei que eu também era uma desses DJs,atraves do remix que eu comprei em NY-Listen to your Heart, ela adorou! Quem não gostou foi a sucessoria de imprensa da EMI- que me repreendeu,dizendo que eu nao podia ter feito aquilo.Não só fiz,como divulguei,tempos de ditadura já era. 
 Sandra, vc montou um curso de DJ numa universidade,o que vc acha dos atuais cursos de dj?
Resp- Eu penso que um curso pode ser avaliado pela qualidade do professor,porque não é simplesmente vc ser DJ e querer de um dia para o outro administrar um curso.No passado os cursos eram dados nas casas dos DJs,o Ricardo Lamonier, talvez,tenha sido o pioneiro,e o curso dele também era na própria casa. Na formação dos novos DJs, não pode ser relevante apenas pela técnica, hoje o novo DJ,quer muito mais que isso e eh bom que quem esteja ministrando o curso,tenha algo mais a oferecer.                                                                                                                  
Em 1988,eu e o Robson do Patrocinio,montamos todo o esquema na universidade Estácio de Sá e convidamos o Memê,que além de ser um excelente DJ,comandava um programa na radio Cidade e diga-se, inscricoes esgotadas! No final do curso,fizemos uma grande festa e eu convidei pessoalmente a Susana Vieira, mãe do DJ Rodrigo Vieira para ser a madrinha dos formandos,foi uma noite incrivel!.Se existe um posto de madrinha dos DJs esse posto é da Susana, por merito.

Quanto a sua participação em TV e rádio?
Resp-
Na TV,muitos nao sabem mas em 1992,eu apresentei o quadro DJs Parade,do programa Today, na TV Corcovado.Eu entrevistava os DJs apontados pela produção.A primeira entrevista foi com DJ Mauro Fucci,na loja de discos e materiais importados para DJs,entrevistei o DJ Arildo que na época era o DJ Top,das boates de programa,entrevistei tbm o DJ Fernando Portugal. O nosso cinegrafista era o Bateau, ele tambem foi cinegrafista do Som na caixa. Participei no corpo de jurados,ao lado do Ademir Lemos,em um programa de auditório comandado pelo Alberto Brizola,que era muito querido na época. Fui entrevistada 2 vezes no programa Som na Caixa,a primeira vez pelo Osmar Cintra e a outra pelo Monsieur Lima.Em San Francisco,na KPIX-TV,uma estensao do grupo CBS,em 1988,eu e uma amiga falamos da minha carreira como DJ no Brasil.


Na radio
,em 1989,tive o prazer de participar do programa Transacao,na Transamerica FM,ao lado do Sandro Tausz,eu dava dica de algum lancamento nos Estados Unidos e que ainda era desconhecido por aqui,e se vc quer saber,a gravadora Emi-Odeon estava preparando uma grande festa para o lancamento do novo album(Behavior) do Pet Shop Boys,tinham convocado a imprensa e convidado um grupo seleto para particpar do coquetel de lancamento. O meu fornecedor de Nova Iorque,me deu um 12 inch da faixa So Hard, que ainda seria lancada no Brasil,eu o Sandro Tausz,saimos na frente e isso deu o maior rolo,as outras emissoras cairam em cima da Emi,achando que eu tinha sido privilegiada, e isso acabou rendendo uma nota no  Globo,coluna "na cidade" pubicada pelo Tom Leao.


Como foi sua passagem pela Columbus?
Resp- Foi incrível, por la já tinham passado grandes nomes,como o lendario Amandio,e quando eu fui pra la quem tocava era o DJ Nino Carlos,muitos DJs  tocavam com ele, o Goody,Marquinhos Barao e outros,mas ninguem queria tocar no Anexo,entao fui designada para ser a DJ do anexo,confesso que a principio não gostei,mas depois de tanto pensar cheguei a conclusão que eu teria que mostrar o porque escolhi ser DJ,o verdadeiro DJ não pode se abater perante as adversidades,o verdadeiro DJ se reinventa.Se eu era conhecida por lancar musica,faria diferente,preparei uma bela selecao de Flash Back,que mesclado com musicas de todos os ritmos e epócas, ate deixaram o Nino e os outros DJs perplexos com tudo o que estava acontecendo,principalmente,quando eu chegava a 1:00 pra tocar e o publico deixava a pista principal e corriam para o anexo dancando e gritando freneticamente. Essa atuação na Columbus me rendeu uma materia na revista(encarte) do Jornal do Brasil.Um pouco mais tarde na propria Columbus,fui chamada pra tocar para uma empresaria que resolveu trazer pela primeira vez no rio,o clube das mulheres,os unicos homens que entravam eram os artistas saradoes.

VC já fez baile funk? 
Resp- a convite de um dos donos da Columbus,eu e o grande DJ Jorginho,inauguramos no Recreio dos bandeirantes, um baile semanal.Eu sempre fui fa do Funk das antigas,ate porque muito do que se tocou na noite era parte do pacote,mas tocar pra uma galerinha de adolescentes que se deliciavam com os batidoes,me deixou um pouco perdida.Ja pensou,eu la tendo que me familiarizar com... gaiteiro toca uma gaita ai? rsrs,mas valeu, enriqueceu o meu curriculo!

  Gal em 83 vc formou a Discoterj e desde então lutou para a regularização da profissão,hoje muitos levantam essa bandeira, o que me intriga é; quantas dessas pessoas que hoje se dizem os grandes lutadores da cena dj estavam com vc na época?
Resp-Voce só registra uma instituição se antes mobiliza e movimenta a classe, por tanto considero que a luta tenha iniciado antes da fundação.
Tenho muita alegria no meu velho coração,por saber que o companheiro DJ Lio ainda esta entre nos.Esse cara,mesmo estando na época,entre os Top também chegava junto  e me apoiava incondicionalmente! um outro cara que me deu muita forca,foi o Luciano Jacaré,o DJ Maks Peu,esse então foi fundamental e não posso esquecer do DJ Ricardo, da Regines,e como advogado, participou ativamente dos nossos movimentos.Voce tem razão,ja vi gente dizendo que lutou, mas não é verdade,eu só não entendo o porque desse tipo de declaração,hoje isso é fácil de ser levantado.Se o DJ Lio esta em outra instituicao,acho que merecia um posto de mais relevância,o cara é historia! Sei de mais coisas sobre ele,so não revelei por não ter autorização para me pronunciar por ele.
 O que é a Discoterj, Hoje?
Resp- hoje a DISCOTERJ,e uma associação com uma diretoria muito afinada e compromissada com valores humanitários.Somos bem unidos e isso ajuda muito no desenrolar de tudo o que nos propomos fazer.

O que podemos esperar dessa lei se for aprovada e daqueles que estarão no comando?
Resp- Essa lei so não saiu antes porque quem redigiu a minuta não falou dos problemas que os DJs sofrem,como as doenças e seqüelas  que estamos sujeitos,esqueceram das coisas fundamentais,como o índice de surdez,problemas na coluna e problema com a circulação.Ate penso que fomos maus interpretados e quem sabe nos tiraram como filhinhos de papai rico? Mas uma coisa é certa,essa lei pode não servir para meia dúzia que torce contra, porem ajudara muito os DJs que não tem status de celebridade,os DJs anônimos.Quanto aqueles que nos comandarem, depende de quem seja, lembrem-se que em um saco de boas laranjas ha sempre uma estragada,bem como no saco de laranjas podres, também tem sempre uma que se aproveite.Que Deus nos abençoe! e nos livre do mal.

Vc hoje ainda esta tocando ou decidiu se concentrar somente em defender a classe dj?
Resp-Eu não toco em boates por curtição,muito menos pela mixaria que querem pagar,Quando quero tocar de graça, me desligo de tudo, ligo a minha aparelhagem e dou o melhor de mim para mim,as vezes toco tão alto que nem escuto o inter fone tocando, supostamente pelas reclamações dos vizinhos. E quando estou na Internet,só curto o que estiver relacionado ao DJ,seja lá o que for, anoto tudo e guardo,tanto é que tem gente que um dia postou uma idéia, hoje mudou de opinião e eu tenho tudo armazenado,é a minha CÁPSULA DO TEMPO,mas isso eu já coleciono a muitos anos.Essa idéia da cápsula do tempo,talvez seja uma das melhores coisas que eu fiz dentre os meus varios projetos.
Obs,não me peçam para ver,nao mantenho essas informações no computador,nem nas minhas casas, preservo de mim mesmo.
 Enfrentamos hoje uma das maiores crise no mundo DJ vc acha que a regularização ajudaria a amenizar isso?
Resp- Nos DJs estamos exatamente como o aquecimento global,se não fizermos nada agora, futuramente sofreremos o efeito ESTUFA  da nossa omissão.Tem muito conflito de opiniões,reações e atitudes,mas procedem incoerentemente quando acham que tem algo a corrigir, a forma como estão interpretando,acaba perdendo o foco. Me abstenho de maiores observações por entender que muitas aguas vão rolar.

O que vc acha dos artistas, BBB's,modelos e leigos que atacam de dj?
Resp- A muitos anos passado,na extinta Caligula,em uma conversa com a atriz Malu Mader,ela me revelou que se nao fosse atriz,seria DJ,mau sabia ela que seria possível fazer as 2 coisas ao mesmo tempo. Os artistas,BBB,modelos e leigos também estão correndo atras do dinheiro que a cada dia esta difícil de arranjar,eles encontraram uma brecha na nossa atividade e foram entrando,porem eu também estou querendo dinheiro,será que eles me dariam uma brecha? Claro que não, já o DJ alem de dar e colaborar,fica de braços cruzados. 
 Afinal Gal de quem é a culpa da desvalorização do meio DJ?
Resp-Voc~e esta perguntando por perguntar, porque vc é dos caras que sabe a resposta,é uma faca de dois gumes, muitos ventos soprando contra, colocam a culpa nos promoters, mas por que não fazem nada quando se sentem explorados? Não esquecendo que também culpam as celebridades e BBB's.
Vou dar uma dica,inclua nos seus contratos que mediante o aparecimento de uma celebridade ou outros afins e a casa permitir que a mesma adentre a cabine para atacar de DJ,posando para a mídia,a casa será responsabilizada por um bonus, diga-se combinado e assinado com antecedência. Se vocês querem saber, o nosso maior inimigo é a mídia, mas a arma letal é a nossa inércia.

O que vc acha da tecnologia ligada ao DJ foi bom ou ruim?
Resp- Sou super a favor do avanço tecnológico,conforme dizia o meu amigo DJ TR, a própria MK2,foi um avanço da tecnologia,mas devemos esclarecer que apertar o play não qualifica ninguém,eu nunca ouvi dizer que o DJ fulano ou DJ Sicrano é o top dos apertadores de play,então fica claro que o avanço tem mesmo é que chegar.
Ha muito mais mistérios entre o céu e a tecnologia,do que explica a vã filosofia. Xiii,acabei fazendo uma montagem,rsrs.
 Gal vc já participou de uma banda de DJs?
Resp-No final dos anos 80,eu e o DJ Sany Pitbull e um jovem cantor,resolvemos fazer uma banda de DJs,com um nome bem original BANDJs,ensaiávamos muito na minha casa,vou ate aproveitar para ressaltar,que o Sany Pittbull,ja dava mostra do que eh hoje,o cara tocava muito,por tanto para mim foi de um enorme prazer te-lo reencontrado como um dos maiores nomes do Brasil,e com reconhecimento em outros paises,sabemos que isso eh privilegio de poucos.


Qual foi sua participação na revista da furacão 2000?
Resp-Fui contactada pelo Romulo Costa para uma possível entrevista,no jornal Furacão 2000, o jornal era vendido nas bancas.Quando saiu a tiragem,eu nem sabia,quando passei em frente a uma banca de jornal na rua Constante Ramos em Copa,dei de cara comigo estampada na capa,com o título "Mulher dita a moda" essa foi a minha unica participacao no Jornal da Furacão.

Sandra,hoje na cena DJ,tem alguma coisa acontecendo que te agrada?
Resp- Sim,tem muitas coisas bacanas,projetos sensacionais como Produtores do Brasil,do Rodrigo Torres, que nos leva a conhecer melhor o trabalho desses fantasticos DJs de estudio,que nos presentearam falando de suas tecnicas e producoes e ,em especial O Alex Rey Hunt.
 Sandra tem algum acontecimento que envolva DJ que vc goste da ideia?,
Resp- claro,como nao? DJ,eh full time,recentemente tive o privilegio  de ler em primeira mao,algumas paginas do livro "DJs quem Sao Voces"  do DJ Bonecko, posso garantir que esse livro sera a grande oportunidade de todos que se interessam, ver o resgate da historia dos DJs,fascinante como foi tudo bem explicado! mais uma coisa que o DJ esta precisando eh a continuacao do melhor encontro de DJs que ja ouve no Rio,aquele sim,praticamente parou a noite,refiro-me sobre o DJ Alive,projeto bem executado pela promotora de eventos Ro Nascimento,para quem nao sabe parou na 2 edicao,bem que a Ro poderia realizar o Djs Alive new edition.

Sandra,vc vem empinando a bandeira dos DJs a quase três decadas, hoje as pessoas que se dizem lutar pela classe respeitam essa sua condição?
Resp- Recebo muitas manifestação de carinho dos dirigentes de instituições de outros estados,mas aqui no Rio parece ate uma historia de quadrinho,cheio de curingas querendo tirar a forca do Batman.
Não espero nenhum tipo de reconhecimento,mas que pelo o menos fingissem suportar que a realidade eh essa. Eu não vou apagar a minha historia porque alguem nao consegue suportar que na época de ouro não me iludi com o glamour e me preocupei com os problemas dos DJs. Incrível, passei uma vida inteira acompanhando o trabalho do DJ Corello e nao sabia que nos anos 70,um garotinho franzino que foi fazer um teste na boate que eu era reresidente,se tornou exatamente nesse monstro do charm,tocamos juntos e eu nem sabia. Segundo um depoimento que ele deu no meu orkut, eu o recebi muito bem e o tratei de igual pra igual e nessa época  eu ja tinha alçado vôo nessa cena, ao passo que ele era so um jovem querendo aprender as manhas da zona Sul. Chorei muito ao ver esse depoimento,só entao pude entender que o meu espirito maternal sempre foi agucado e de alguma forma me conduziu a fundação da nossa instituição, por tanto, se querem apagar a minha historia eu lamento,é tarde demais! Afinal eu toquei na Santa Ceia, rsrs!!!
Sandra Gal vc teria uma mensagem para os DJs que estao comecando agora?
Resp-Eu diria pra eles pensarem muito antes de entrar nessa,porque um grande profissional,nao pode se satisfazer apenas com a abreviatura DJ, ele tem que olhar em volta e ver tudo o que conquistou como DJ,nao apenas com a escala financeira,mas tambem com principios e principalmente o respeito dos outros companheiros.Nao se prostituir na atividade.Quanto a invasao e banalizacao da profissao,os novos podem ajudar a pisar um pouco nesse freio.Um dia eu falei e volto a repetir,que venham novos DJs,porem consciente de que se hoje voce tem orgulho de dizer que eh DJ,amanha,do jeito que a coisa anda,o seu filho tera vergonha de dizer que o pai foi DJ,e entao,vamos fazer alguma coisa juntos?
DJs, eu nao sei o quanto os seus patroes lhes valorizam,sei apenas o quanto voces valorizam a casa deles.

Finalmente Sandra, se tivesse algo que vc pudesse mudar na sua carreira o que seria?
Resp- Faria um novo comeco para todos,afinal quem escolhe ser DJ de corpo e alma,não merece ver os dias passando sem nenhuma expectativa. Se não somos imortais, também não somos simples mortais,mas...se eu soubesse que tudo acabaria em pizza, eu teria comecado como atriz ou BBB e acabaria como DJ. Não levem a serio,rsrsrs...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Os Djs que fazem a festa #3

E aí galera chegamos a terceira entrevista da série "Os djs que fazem a festa" e hoje coloco no "Hot Seat" o amigo e dj Rodrigo Tuiu de Itaperuna - RJ

 Natural de Itaperuna, Dj Rodrigo 2u, sem sombra de dúvidas, um dos grandes incentivadores da noite do Noroeste Fluminense, sempre lutando por qualidade musical.

Tocou na edição de 2011 da Fuck the Beach, festa de grande calibre no Underground Carioca, recebendo elogios de djs de peso da cena.

Participou da promoção "Hey Dj" promovida pela Rio Music Conferenc, que simplesmente é o Maior encontro sobre música eletrônica e entretenimento do Hemisfério Sul, se sagrando vencedor, e sendo premiado a tocar no evento na "Village Area", bem como seu set na Jovem Pan de Curitiba, e na Radio Dance Paradise, transmitida para mais de 40 paises!

Já se apresentou em grandes clubs da cena carioca como Baronneti, Nuth Lagoa, Namaste, Hideaway (Ficou por meses como residente mensal convidado pelo seu grande amigo Renato Edde), Pátio Lounge, Prelude, Fosfobox (Festa Bootleg ao lado de nomes de peso como Gorge - 8bit Recs, Marcio Careca, Leo Janeiro entre outros)


Rodrigo a quanto tempo vc é DJ profissional?

Em primeiro lugar, fico grato pelo convite da entrevista. Agradeço de coração estar participando deste projeto, para mim, é uma honra!

Mas, esse ano, fiz as contas, e tenho aproximadamente 15 anos de carreira como DJ. Contando desde aquele comecinho, onde agente começa a flertar com tudo de bacana que envolve a carreira de um verdadeiro DJ.

VC é considerado um dos pioneiros da musica eletrônica underground em uma área longe de um grande centro. Qual é a força da musica eletrônica no norte Fluminense?

Sinceramente, não sei se sou um dos pioneiros, mas posso dizer, que botei minha cara pra bater por um bom tempo. No interior, tem uma galera que tenta fazer acontecer a coisa. Eu na minha cidade, por exemplo, no sentido do underground, estou extremamente sozinho! Não tenho nenhum colega de profissão que faça o mesmo. Mas temos uma galera que luta. Tem um excelente DJ de Dubstep, o DJ Nnj, o Moranes que por muito tempo fez sua correria no Drum’n’Bass, tem a galera de Macaé/Rio das Ostras, que varia desde a House Music as batidas quebradas do Drum’n’Bass. Teve o Tai Head, que por muito tempo fez excelentes trabalhos como residente na extinta bunker, que se não me engano mora em Petrópolis... Mas é difícil, muito difícil remar contra a maré.

Afinal Rodrigo, qual é a diferença entra o mainstream e o underground da eletrônica?

Difícil responder esta pergunta. Podemos assim dizer que o mainstream, vem do povo, da massa. Adaptando a nossa profissão, o mainstream, é produzido com um objetivo de ser de fácil assimilação pelo publico. O underground, normalmente, são conceitos que temos de projetos, conceitos, estilos que são trabalhados fora dos holofotes, sem preocupação com grandes públicos. O que temos sempre que ficar ligados, é que o underground de hoje, com a grande rede, a internet, sem sombra de duvidas, poderá ser o mainstream de amanha. O electro era super underground, rolou umas modificações, algumas coisas bem características de sons mais comerciais, e assim se tornou um som muito acessível, e digerido pela massa. A nossa querida House Music, como todo mundo sabe, tem seu pé fixado no underground. Mas sempre tem gente querendo inovar, sem se preocupar com o resultado final, de vendagens entre outros aspectos, fazendo assim, um som extremamente underground. Em tempo: A musicalidade é muito ampla, e com isso, muita coisa está ficando muito misturada.

Existe um publico especifico que curte o underground eletrônico?

Lógico! Poderia ser até maior, fato! São Paulo, temos o D-Edge, como um dos maiores clubs do mundo, e com artistas do primeiro escalão da cena alternativa mundial. No Rio de Janeiro, temos casas como Fosfobox, Dama de Ferro por exemplo, que vai sobrevivendo, com eventos feitos para um publico específico. Mas sem sombra de dúvidas, o Mainstream é o publico mais forte.

Eu nunca escondi que cresci no mainstream, pago minhas contas com o mainstream, mas não deixo de pesquisar o que gosto de tocar. Estou sempre “perdendo” horas e horas, mesmo morando tão longe da capital, para que se aparecer uma data onde eu possa fazer meu som, esteja preparado e antenado com tudo que rola pelo mundo.


Vc esteve presente no "Fuck the beach" qual foi a sensação de tocar entre uma verdadeira seleção de DJs, novos e consagrados?

Só tenho a agradecer ao grande DJ Bruno Correa, pelo convite. E muito gratificante, mas muito mesmo, você poder tocar com grandes nomes e novos, numa festa extremamente underground. E você no fim das contas, fazendo um som que eu curto, e receber excelentes feedbacks.

Um dia antes, tinha tocado na Hideaway, casa extremamente Mainstream, a convite do meu grande amigo Renato Edde. E o meu notebook, deu problema. Então, a sorte que tinha uns backups que me salvaram na Fuck The Beach. Tudo poderia ter ido por água abaixo. Foi um set super bacana, mas confesso que tinha separado uns outros sons, que não pude tocar pra galera!

Cara,não pude resistir. Por que "FUCK THE BEACH"?

Pense comigo: Janeiro, Rio de Janeiro bombando com pessoas de todo o mundo. Uma festa que começa as 23 horas de sábado, e termina as 00:00 (pelo que sei, não fiquei até o fim...o povo estava super animado, e nem um pouco com pressa de sair dali!) de domingo. Tem que ser muito boa a coisa, de fazer o povo deixar de ir pra praia, pra poder curtir vários DJs das mais variadas vertentes, alguns famosos, e outros nem tanto, buscando seu lugar ao sol! Então, foda-se a praia, e vamos curtir música boa!

Além do "Fuck the Beach" vc esteve na HEY DJ! da Rio Music Conference, que simplesmente é o Maior encontro sobre música eletrônica e entretenimento do Hemisfério Sul e foi o grande vencedor. O que isso significou para a sua carreira?

Muita coisa! Como você mesmo disse, é um evento de grande porte. Abriu muitas portas para mim, fui recebido muito melhor por DJs, tinha uma abertura maior pra poder conversar, trocar informações com pessoas que sempre quis conversar. Em questão de datas, muito pouco mudou a minha vida. Muitas outras coisas alem de ganhar um concurso, tem que ser feitas para que a coisa aconteça de verdade. O mais legal, foi que como um outro concurso que fui um dos selecionados, em seguida, que foi o Oi Geração Eletrônica, ambos foram sets bem undergrounds. Gravei meu set, com alma, sem me preocupar com o resultado final. Fiz para mostrar o meu trabalho que tenho muita dificuldade de mostrar por estar fora de um grande centro. E deu certo! E para completar, por ter sido vencedor do concurso da RMC, o top dos tops, DJ MEMÊ, me convidou para eu dar uma “palhinha” no seu mega evento, que promoveu durante a RMC, que foi a primeira festa da Defected. Não estava no line-up oficial, mas isso foi o que menos importou! Acho que o reconhecimento de um grande DJ como o Memê foi mais que suficiente!


2011 parece ter sido muito bom pra vc, além de todos esses eventos vc foi nomeado como dj revelação no DJSound music Awards! Como foi ser reconhecido entre os melhores djs do pais?

Fico feliz de ter sido lembrado! Alguém lá da DJ Sound, deve conhecer o meu trabalho, e lembrou do meu nome! Acredito que possa ser revelação mesmo, pois não tenho minha carreira tão curtinha, mas não sou veterano, e o pouco que fiz pela cena, tem tudo com pouco tempo. E fiz muito pouco ainda, mas muito pouco, pra não dizer quase nada. Falta um pouco de coragem, e uma graninha sobrando, pra poder me aventurar um pouco mais por esse grandioso pais nosso! Mas, é mais uma vitoria que vou guardar com muito carinho no meu release! Não ganhei dinheiro, mas 2011 me rendeu boas historias para contar!

Mudando de assunto, o que vc acha daqueles que atacam de dj?

Estão atrapalhando demais, não da pra esconder. As coisas acontecem muito mais rápido para quem dá esses ataques de DJ. Uma coisa agente tem que tirar de positivo: Ser DJ hoje ta sendo uma honra pra muita gente! É uma pena, que nem todo mundo, consegue receber como merece. Muitos que atacam de DJ, tem seu devido reconhecimento, na outra profissão que exerce paralelamente. O que mais me deixa triste, é quando a pessoa que ataca de DJ, não faz um trabalho digno. Temos ai o Raul Boesel que era piloto, o André Marques que tem uma técnica ótima, o Lucio Mauro Filho eu sei que é DJ há tempos, mas nunca o vi tocar, e muito menos o que ele toca... Mas fizeram por onde, e não só pegaram CDs mixados ou colocam musicas de qualquer maneira... Incomoda um pouco, mas fazer o que né? É a exposição e o destaque que a carreira de DJ está tendo atualmente.

Na cena DJ muitas vezes vc pode ser muito bom dj e nunca ter a oportunidade de mostrar seu trabalho. Como foi seu caminho ate onde vc chegou?


Fiquei sendo conhecido por muitos DJs, que iam tocar em minha região, e chegavam esperando que iriam ter apenas um bando de mortos de fome tocando. E agente tava lá fazendo um trabalho bem legal! Jr Von Held, DJ PT, um dos que começou o movimento todo na cidade, junto com Marcelo Gomes e França no funk, Junior que hoje trabalha com informática e mora em BH, fez muito pela cidade...E digamos, que vim da segunda geração, junto com Marcelo Brazil, o DJ e Remixer Raphael Gomes, que na década passada, fez muita coisa legal tocada por muita gente bacana, entre outros. Daí vieram uns 50 Djs. Alguns lutam para fazer um trabalho digno, mas a coisa ta tão poluída, que fico com pena de quem ta chegando agora, o momento pode parecer que está legal para quem está começando, mas acredito que esteja horrível. Falta aquela gana, faltam ídolos para quem ta chegando. Eu passei por todos os estágios, gastei o que tinha e o que não tinha, freqüentava a baronneti desde 2001, pois conhecia o Lelo Lorenzo e o Luciano Roffer, que estão por lá ate hoje, esporadicamente. Até poder assumir as cabines desse club que significou muito para mim, foram noites e noites, só ouvindo e aprendendo com os residentes. Me trouxe muita bagagem. O resto, foi correria e luta mesmo! Acho que uma coisa que tem que ser dita, escolha seu grupo, em qualquer segmento, você tem que ter sua galera, as pessoas que você acredita que pode te ajudar. E desde o começo, minhas amizades mudaram muito pouco.


Ahhh... Se ficar aqui falando sobre quem não toca, rende um livro! Ai envolve polemicas sobre promoters, network, a famosa forçada de barra, muito comum atualmente, o marketing extremamente mentiroso usado por muitos, onde você lê um release e parece que o DJ, que vc conhece há tanto tempo, tem mais fama que o top 1 da DJ Mag, ou Da Resident Advisor! É super complicado! So sei de uma coisa: Muita coisa que eu acreditei, que as pessoas que me ensinaram me passaram, ficaram para trás, com toda essa massificação do que é ser DJ. Tive que me readaptar em muita coisa. E sei que muita coisa que ainda não aceitei, me atrapalha a ir mais longe. Mas vamos em frente, não podemos também abandonar todos nossos objetivos e convicções. Isso sim é a verdadeira definição da palavra conceito!


Quais são seus futuros projetos?

Não vou ser um daqueles que pra encher lingüiça, fala que está cheio de metas. Sinceramente, não tracei nenhuma para este ano de 2012. Uma coisa que gostaria muito de realizar, era tocar junto com meu amigo e grande referencia, DJ Marcio Careca, em uma noite no D-Edge que deve abrir no Rio de Janeiro. Acho que seria mais um sonho realizado. No resto, trabalhar, pesquisar, e fazer as coisas que eu acredito.

Vc também produz musica eletrônica?

Já arrisquei em fazer algumas coisas em parcerias, mas não gosto de forçar a barra, mesmo sabendo que a produção musical (infelizmente) é o caminho mais rápido para o reconhecimento. Muita gente, faz sucesso com produção, mas é de mediano para fraco como DJ. Isso é ruim. Mas acho interessante a arte de produzir uma musica ou remix. Mas acho que tudo tem que ser natural, não aquele desespero de ser produtor, e sim, fazer em primeiro lugar, algo que encaixe no seu perfil, e que você ouça e acredite, e lógico: toque e se possível, adquirir algum sucesso com o resultado final!

A cena dj esta passando por uma crise, a maioria dos djs de pequenos eventos sofrem e
muitos top djs começaram a se sentir incomodados. Na sua opinião o que deveria mudar?

Não sei se vocês concordam, mas os grandes DJs de evento, os que tem mais tempo no mercado de eventos, começaram na noite, e depois levaram o feeling, que aprenderam nas residências, nos clubs, para os eventos particulares. Passam um pouco de dificuldade no começo, mas a experiência faz tirar de letra, e com certeza, saber inovar mais. Falta um pouco disso, na minha opinião, pois conheço muitos DJs de evento, novatos, que so sabem tocar em festas fechadas e não sabem segurar uma pista de um club. Hoje temos cartão de credito, e com isso, você compra suas 4 peças de luz, e 2 caixas de som, e já começa sendo um “DJ”. Do mesmo jeito que quando comecei, as coisas foram muito mais fáceis, pois existia a CDJ, e em um cd, se gravava 10 musicas, ao invés de um vinil. O que mais me incomoda é a desvalorização. O cara gasta grana com tudo, tanto numa boate como em um casamento, por exemplo. E o DJ, independente de qual época ele veio, tem que saber da importância de seu trabalho, neste momento, sendo a pessoa mais importante disso tudo. VALORIZAÇÃO é a parada! Entendo, que quem começa não tem como cobrar como um veterano, porem, não pode também dar muito mole, senão não sai do lugar!

Qual é sua preferencia? Vinil,CD ou MP3?

MP3!!! Amo o vinil, mas não me imagino mais comprando, mesmo sendo mágico, abrir aquele vinil que tanto esperava, lacradinho! Cd, é uma alternativa, mas não faço muita questão.

Há uma grande polemica entre os djs a respeito da tecnologia, no seu parecer a tecnologia ajuda ou atrapalha a cena dj?

Ajuda! E muito! Até para os mais puristas: Porque não comprar um bom notebook, e um traktor, serato, a placa da m-audio entre outras que temos no mercado, e ultiliza-las? Você tem uma infinita quantidade de possibilidades, tanto tocando com controladora, com vinil ou com cd! Vale de sua imaginação e boa vontade para sempre inovar.

Eu particularmente sempre fui um daqueles que adoro tecnologia, mas uso o básico dela: não sou de usar efeitos, teclados entre outras intervenções tecnológicas. Me preocupo sempre com o carisma com o publico e o feeling da pista. Se você se prender demais em tecnologia, você acaba esquecendo-se de quem mais você tem que dar valor: O PÚBLICO!

Tuiu, vc é a favor ou contra a regularização da profissão? Vc acha que a regularização mudaria algo?

Sinceramente não sei. Eu mesmo não sei dizer se sou a favor ou não. Como não sou residente de todo dia, não sei quais seriam as vantagens para mim. Acho que disso tudo, poder ter uma aposentadoria, seria a maior vitoria. Quem que é DJ, e não e de família com uma condição razoável, não tem medo do futuro? Nossa carreira é um risco grandioso. Espero que não seja apenas um cabide de emprego, e muito menos um meio das pessoas se aproveitarem, os sindicatos. Torço muito para que algo de bom aconteça para nós.

Há muito dj veterano que acha que a garotada que esta surgindo na cena fica muito prisioneira aos recursos de BPM,sync,etc...vc acha que isso atrapalha o desenvolvimento do dj novato?

Eu uso o Sync! Quem me conhece, sabe disso! Para que esconder? Mas, lógico, ajuda e muito quem ta chegando. Mas mesmo assim vejo tanto novato fazendo lambança nas noites...Confesso que esperava que ajudaria mais! O novato tem é que se preocupar em saber levar uma pista, isso sim! Hoje o cara toca 3 horinhas e já diz que fez long set... Pensa bem, a que ponto chegamos!

O que vc acha de quem anuncia e vende curso de DJ com 16 horas de duração? Vc acredita que um leigo possa sair DJ de um curso desses?

Não. Teve uma DJ, Glaucia Duarte, daki de Itaperuna. Ela toca Tribal House. Eu dei o curso pra ela com 30 minutos! Ensinei como faz o cue, tirei umas duvidas dela e falei: Pronto, acabou a primeira parte do curso, eu vou ali e você fica ai treinando! Ela ficou apavorada! Mas pensa como foi o começo de carreira dos DJs, lá no primórdio...A pessoa tem que aprender com o tempo, a noite tem que ensinar! Não acredito que só curso, faça um DJ. Sem contar aqueles que fazem o curso, e não compram nem um fone após terminar o curso. Na pior das hipóteses, tenha um amigo DJ, para que você possa praticar. Pratica e o mínimo. O resto vai conquistando com horas e horas de pista, prestando atenção em quem você admira o trabalho.


Como um dj que ralou muito pra chegar onde vc chegou é legal tocar em grandes eventos. Quando vc esta no palco em frente de centenas, ate milhares de fans o que vc tenta transmitir pra eles?

Alegria! Carisma é super importante, você passar confiança para o publico, te da um pouco mais de tranqüilidade, e lhe dá mais chances de poder arriscar um pouco mais! Isso ajuda demais!

Para terminar 2u, qual seria a mensagem para os fans de musica eletrônica em todo Brasil?

Vamos valorizar nossos artistas nacionais, os que realmente merecem o reconhecimento! E lógico, vamos curtir boas festas, pois tem muita noite bacana por ai, sendo produzida por gente cheia de boas intenções. Estamos numa fase onde o Underground, está se misturando muito com o Mainstream, e isso está sendo ótimo para todo mundo. E quem ganha com isso tudo é o publico! E muita musica boa na alma!

E se vc curtiu o Rodrigo 2u vc pode ouvi-lo nesse link: 
http://www.mixcrate.com/mix/105741/GROOVECAST-RADIO-SHOW---AS-MELHORES-DE-2011

domingo, 22 de janeiro de 2012

Os Djs que fazem a festa #2

Nesse capitulo, entrevisto o DJ Roger Manosi de SP.


A história desse DJ inicia como a da grande maioria: realizando pequenas festas para amigos, motivado por grandes DJs da chamada "oldschool".
Por ser autodidata, aprendeu sozinho as técnicas de mixagem, bem como o manuseio dos equipamentos, sempre ouvindo os conselhos dados por profissionais da área. Com o advento da internet, pesquisar e manter-se atualizado tornou-se uma obrigação.
O tempo passou, o que era sonho tornou-se realidade e, desde 1997 atua em festas e eventos diversos com muita técnica e feeling, conquistando a pista a cada nova música executada.
Detentor de grande conhecimento sobre estilos musicais, consegue realizar festas de acordo com o solicitado pelo cliente, seja numa balada, seja num evento social.
Já foi convidado a se apresentar em casas como Paddy's, Pub, Ibiza Club, Red Club, Espaço Vila Olímpia, Club A, Mohema Bar, além de festas como Live2007, Bichos-FATEC/SP, Halloween Wizard Idiomas, Enygma (juntamente com o DJ Alex Hunt), entre outras. Foi residente nos bares Blá e Sr. Pitanga, durante 1 ano e meio, tocando muito House, hits de rádio e flashbacks.



Roger,a quanto tempo vc e dj e o que te fez querer seguir essa profissão?

Comecei fazendo minhas festinhas em 1995, para amigos e parentes, usando um 'três-em-um' e um discman… Segurava a fita K-7 no dedo, pra tentar igualar as batidas.. Falta total de recursos! Mas, só a partir de 1997 é que realmente comecei a receber a nomeação 'DJ', pois acho que é algo que você ganha do público, pelo reconhecimento ao seu trabalho, e não algo que você mesmo se dá, para se mostrar para os outros, o famoso "status". 
Amor à música e a forma como ela mexe com as pessoas é o motivo que me fez seguir essa profissão. Nunca tive muito interesse por aprender a tocar um determinado instrumento (apesar de gostar muito do som do violino e do sax), além de ter vindo de família com poucos recursos financeiros, dificultando mais ainda a coisa como um todo.



Vc já foi dj residente de varias casas noturnas,qual é a diferença de ser dj numa boate e tocar num casamento,aniversario?

Acho que hoje, não existe mais diferença no momento em que o DJ está realizando seu trabalho, pois, em ambas as modalidades  (evento social / casa noturna) sempre tem o engraçadinho que quer pedir música. Na minha opinião, por uma questão cultural, o brasileiro ainda não entendeu o papel do DJ na noite, e insiste em querer dar seu pitaco. Quando é música boa, ótimo, agora, tem uns pedidos.………………
Porém, na questão do cachê, o evento social ainda tem dado mais retorno que a casa noturna. No caso da casa noturna, os donos via de regra não estão nem aí pro DJ residente: pagam mal, reclamam de quase tudo que o DJ faz, e simplesmente viram as costas pra ele quando a casa bate recorde de faturamento. Via de regra, não prestam para elogiar, apenas para criticar.


O que é mais gratificante para um dj residente?

O reconhecimento do público! A pessoa que pede seu cartão e, no dia seguinte, te manda um email elogiando o trabalho, a forma como você conduziu a noite. Ou mesmo, você ouvir dos garçons, que circulam a noite inteira pela casa, que o som tá muito bom, muitas pessoas já elogiaram…Isso, dinheiro nenhum paga! 


Na sua opinião, os djs são valorizados? Qual é a media que um dj residente ganha por noite?

"DJ" e "valorizado" são palavras que sequer deveriam constar na mesma frase. Como disse anteriormente, o brasileiro ainda não entendeu o papel do DJ na noite. E, talvez por isso, é que haja tanto menino de 15, 16 anos aí, dizendo que é DJ e tocando de graça pra aparecer. Considerando que o DJ, como todo profissional, tem um custo operacional (equipamentos, compra de músicas, deslocamento, alimentação, vestuário, etc..), receber 50, 80, reais para tocar a noite toda, não pode ser entendido como reconhecimento. 
A média que os clubs e bares pagam aqui em SP, varia muito. Vai desde a comanda "free", onde o DJ pode comer e beber o que quiser durante a noite, até valores entre 200 e 300 reais. Porém, um aviso: só se ganha esse valor se você for indicado por alguém muito ligado à diretoria da casa, e a casa tiver um faturamento bem alto. Claro, estamos falando de DJ desconhecido, que não tem aparição em rádio, tv, etc… Se você for o chamado TOP DJ, aí, sim, seu cachê pode partir dos 1500 reais, chegando até a 8, 10 mil, dependendo do club/evento.


É difícil agradar publico e gerencia ao mesmo tempo?

Bastante. Novamente, toco no quesito cultura. A 'gerência' nem sempre entende a "história"que o DJ quer contar naquela noite, através de seu set. Como dizia o falecido Ricardo Guedes, "… Esse negócio de trocar energia é com o DJ! O DJ é o cara que mais troca energia! Ele manda uma música, a galera responde, ele manda outra, a galera responde… ". Porém, infelizmente, por essa falta de cultura, a "gerência" da casa não entende isso e acaba sendo inconveniente com suas "sugestões". Também há aquele público que quer pagar de "cult", mas está fazendo isso da forma errada e no local errado. Às vezes, a casa pode estar lotada, faturando bem, mas sempre tem o incauto que quer dar opinião no repertório, pq algum amiguinho dele falou que, se tocar "aquela" música, a noite ficará mais animada, etc.. O que este tipo de pessoa não sabe, é que, infelizmente, a noite não é feita de uma música só. Se eu tocar 'Titanium' do David Guetta 3x na noite, com certeza ouvirei: "poxa, DJ, vc não tem repertório, não? Só tem essa música?". Além de DJ, temos que ser bons psicólogos! (risos)


Antigamente o DJ(Discotecário) ficavam anos trabalhando na mesma casa, hoje a rotação é muito grande e a pouca segurança de se manter o emprego, o que mudou?

Acredito que isso acontece, em parte pela grande oferta de mão-de-obra, seja ela especializada ou não, e em parte pelo fácil acesso à música, que a internet ocasionou. Antes, pra você ter um lançamento em vinil, ou você tinha os contatos certos, ou não tinha o lançamento. Hoje, a música é lançada na Europa, 2 dias já tem DJ de 50 reais tocando aqui no BR.  E, vamos parar com essa palhaçada de dizer que há espaço pra todos, porque, se houvesse, ninguém estava reclamando de não ter GIGs pra tocar!



O que mais te decepciona na cena dj,hoje?

DJ que sequer sabe igualar duas músicas querendo dar uma de sabe-tudo, cobrando merreca (ou às vezes, nada) pra tocar. Dono de casa noturna que acha que é alguma coisa nessa terra pq tem uma conta bancária um pouquinho mais exacerbada. E, a mistura dos dois. 



Mudando um pouco de assunto vc criou a empresa FESTAGORA, me diga como funciona ser dj e empresario ao mesmo tempo? Vc faz tudo sozinho?

Sim, faço tudo sozinho. Trabalhei como empregado durante 10 anos e vi que aquilo não era para mim. Comecei a trabalhar como DJ, a coisa foi aumentando e, de repente, percebi que, se quisesse oferecer um diferencial ao meu cliente, teria que ter uma marca, uma empresa legalmente constituída. Hoje, isso é praticamente obrigação. 
Sou o Administrativo, o Marketing, o Jurídico, o Técnico, o DJ, enfim… Mas não me arrependo. Cresço da forma como posso, não dando o passo maior do que minhas pernas consigam alcançar, como já dizia o ditado popular. O dia que ver que o crescimento está ficando além dos meus olhos, começarei a contratar funcionários para gerenciar as atividades que eu não conseguir.


Como vc faz para o nome FESTAGORA ser conhecido? Envolve muito investimento?

Sim, envolve investir em fazer um bom trabalho, mesmo havendo milhares de pessoas que não entendem a diferença entre um bom e um péssimo trabalho e, mesmo havendo milhares de concorrentes que vendem o mesmo trabalho por 10% do valor "normal".


Dá muito trabalho montar um evento? Digamos montar som e luz para um casamento,quantas horas de trabalho são colocado em cada evento?

Bastante. Vamos usar um exemplo hipotético: para um casamento para 200 convidados, que inicie às 21hs, às 19h eu já estou com tudo montado. Para isso, chego no local do evento por volta das 12hs. Quando o evento é maior, e envolve um maior número de equipamentos, contrato ajudantes e montamos tudo com 1 dia de antecedência. "Resumo-da-ópera", totalize algo em torno de 12 a 14hs de tempo investido no evento como um todo.


Como vc constrói uma relação com seus clientes? E o que eles esperam de vc?

Novamente, baseado em fazer um bom trabalho, e é realmente isso que eles esperam. Mas, estou falando de cliente que entende a diferença que um "profissional" e um "aprendiz" pode causar em um evento que é preparado com 1, 2 anos de antecedência, como é o caso de um casamento.


Roger, hoje o mundo dj esta em crise, BBB's,artistas,modelos,dançarinas e leigos todos atacam de dj, na sua opinião isso atrapalha aos profissionais do ramo?

Na minha opinião, atrapalha. Acho que a grande exposição da figura do DJ na mídia, e a forma como isso acontece, mostrando somente a parte do "glamour" da profissão, dá uma dimensão errada a quem quer começar agora. E, como vimos acima, não é bem assim, há muitas outras coisas envolvidas.
Mas, para o promoter da casa que já está praticamente falida, é vantagem "investir" milhares de reais pra trazer um Pseudo-DJ-Ex-BBB pra "tocar", pois assim atrairá público, visibilidade e, consequentemente, LUCRO para sua casa. Novamente, a questão cultural: o problema é de quem PAGA para ver todo esse circo, e a forma como isso é interpretado pelos menos providos de cultura, que acham que qualquer um pode ser dj da noite para o dia, sem estudo, sem conhecimento musical. O DJ praticamente dita um comportamento através do estilo musical que toca. Como é que uma pessoa que sequer sabe a diferença entre o estilo "A" e o estilo "B" pode ditar um comportamento? Para ensinar, vc precisa, primeiro, aprender! (risos)


Qual a importância da regularização da profissão? E o que seria necessário após a profissão ser aprovada de se fazer para que todos os djs fossem beneficiados?

Antes de mais nada, como é um assunto que envolve o SINDECS, e como sou membro da Diretoria Executiva deste Sindicato, quero deixar bem claro que o que vou escrever é MINHA opinião e, em nenhum momento reflete a opinião DO SINDECS.
Bem… Dentista tem CRO, Médico tem CRM, Engenheiro tem CREA, Advogado tem OAB. São profissões importantes, certo? E, quando o médico, o dentista, o engenheiro, o advogado saem à noite para se divertir, ouvir boa música, por que não ter um PROFISSIONAL no local onde eles vão, para propiciar uma noite agradável, divertida, para se esquecerem do stress cotidiano? É neste ponto que bato sempre: se os profissionais que nos prestigiam têm seus equivalentes registros no Ministério do Trabalho, têm planos de carreira, aposentadoria, auxílio médico, etc., por que NÓS não podemos? É absurdo o regresso do governo em ainda não ter reconhecido DJ como PROFISSÃO. 
Com relação ao que será necessário, ainda não posso adiantar nada, pois há uma série de normas que devem ser criadas e aprovadas, em conjunto com MEC e Ministério do Trabalho, para determinar qual será a formação necessária para uma pessoa que, HOJE, desejar ser um DJ. 


Na sua opinião um sindicato nacional de djs, independente seria uma boa? E o que mudaria pro DJ de festinha?

Novamente, quero deixar bem claro que o que vou escrever é MINHA opinião e, em nenhum momento reflete a opinião DO SINDECS: na MINHA opinião, acredito que tudo que venha a contribuir positivamente para um grupo de pessoas com atividade em comum, é benéfico. Tanto para o DJ de evento social, como para o de balada, num cenário ideal ao meu ver, deveria haver uma normatização no valor do cachê e locação de equipamentos (piso e teto). Ex: vc não pode cobrar 10 reais na locação de uma máquina de fumaça, mas, também não pode cobrar 500 reais. A mesma coisa pra cachê: num exemplo simples, o mínimo que se cobraria para tocar por 2 horas, são R$ 300,00. E, o cara que for pego cobrando menos que isso, pode até ter sua licença para exercer a profissão, cassada! Claro, estamos falando de um cenário ideal e, não podemos nos esquecer que vivemos nessa máquina emperrada chamada BRASIL.

Vc considera a lei onde o DJ fica sobre a categoria de técnico de som e presos a um sindicato já formado por artistas,técnicos de som de espetáculos,sonoplastas,artistas circenses boa para a classe?
Novamente, quero deixar bem claro que o que vou escrever é MINHA opinião e, em nenhum momento reflete a opinião DO SINDECS: Não. Acho que DJ é DJ, técnico de som é técnico de som (apesar de MUITO DJ ter um conhecimento semelhante – ou até superior – ao de técnico de som), então, coloquemos cada um em seu devido lugar.


E para terminar Roger se vc pudesse mudar UMA coisa na cena DJ,o que seria?

Na verdade, acho que não é apenas UMA coisa que está errada. É um conjunto. E várias delas eu já citei acima. São as que eu mudaria. Mas, claro, com cultura e bom senso, pois, aceitando tudo que a mídia nos manda goela abaixo, fica realmente muito difícil mudar um cenário como um todo. Precisamos abrir mais os olhos para as mensagens subliminares com as quais a mídia nos bombardeia todo santo dia, e achar uma forma de nos libertar disso. Somente quando isso acontecer, é que não só a profissão DJ, mas, o país como um todo, mudará também!


 Quem curtiu,pode encontrar o Manosi com as informações abaixo,Obrigado ao Roger pela participação.
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